Entenda a importância da segurança de dados para empresas

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A informação sempre foi um fator de extrema relevância para a humanidade. Afinal, é a partir da análise de dados que grandes feitos foram — e ainda são — realizados. No meio corporativo, isso não é diferente. Para que a empresa mantenha sua integridade e possa se desenvolver de forma saudável, a segurança de dados deve ser elevada à condição de prioridade, já que muitas informações são decisivas para a sobrevivência de um negócio.

A segurança dos arquivos e de informações de uma organização sempre foi motivo de receio em qualquer setor. Antes de existir a possibilidade de fazer o armazenamento de dados em memórias virtuais, as empresas já se prejudicavam com a perda de documentos físicos, seja por roubo, seja por vazamento ou danos.

Com as inovações tecnológicas, os tipos de perdas de dados passaram também por uma transformação, o que criou a necessidade de contar com maneiras mais eficazes e inteligentes de proteger os dados. Continue a leitura para entender o conceito de segurança digital e confira algumas dicas para manter seus dados seguros!

O que é segurança de dados e como isso funciona?

Trata-se da proteção dos dados diante de ameaças acidentais ou intencionais, de roubo, destruição ou modificação não autorizada. Estamos falando aqui sobre a preservação de informações e de dados de grande valor para uma empresa — e sabemos que, em maior ou menor grau, todas as informações de um empreendimento têm valor.

Atualmente, como grande parte da rotina das pessoas, operações de empresas e atividades de profissionais estão ocorrendo em ambientes online, a demanda por segurança passou a ser ainda maior. Esse cenário faz crescer os riscos à integridade das informações que trafegam em sistemas digitais, aplicativos e toda sorte de dispositivos conectados. Por isso, a segurança de dados hoje precisa ser vista como prioridade no mercado.

Por padrão, há três atributos que conduzem o planejamento, a análise e a implementação de ferramentas e processos, a fim de garantir a segurança dos dados de uma organização. São eles: integridade, confidencialidade e disponibilidade.

Juntos, esses fatores garantem a segurança da informação. Veja, abaixo, o que cada um deles significa em termos práticos!

Integridade

É a garantia de que os dados manipulados vão conservar todas as suas características originais. Isso significa que as informações vão se manter íntegras, conforme criadas ou estabelecidas pelo proprietário.

Confidencialidade

Diz respeito à imposição de limites de acesso aos dados apenas às pessoas e/ou entidades permitidas por aqueles que têm os direitos da informação. Sendo assim, apenas as pessoas confiáveis vão poder acessar, processar e fazer mudanças nos dados.

Disponibilidade

Por fim, a disponibilidade se refere à garantia de que os dados estarão sempre disponíveis para uso legítimo. Dessa forma, as pessoas e/ou entidades autorizadas pelo detentor dos direitos vão ter o acesso às informações sempre garantido.

Quais os principais tipos de ataques virtuais?

Em razão do crescimento do uso dos meios digitais para as mais diversas finalidades, um dos reflexos negativos percebidos foi o aumento dos riscos de utilização desses meios. Hoje, hackers, criminosos e softwares maliciosos tentam a todo momento se apropriar de informações de terceiros na rede, com o objetivo principal de causar prejuízo ou obter algum tipo de vantagem indevida.

Nesse cenário, os usuários de serviços digitais, especialmente aqueles conectados à internet, precisam estar atentos aos diferentes riscos existentes. Como exemplo, ataques virtuais sorrateiros podem quebrar o sigilo de dados, acessar dispositivos pessoais e causar grandes danos, tanto em nível pessoal quanto empresarial.

Sendo assim, o primeiro passo para se proteger desses ataques é conhecê-los. Para ajudar, listamos alguns dos mais comuns a seguir. Confira!

Phishing

Essa é uma das práticas criminosas mais comuns no cenário da segurança da informação. Aqui, basicamente, os criminosos virtuais induzem usuários a revelar informações sigilosas, como senhas, dados bancários e números de identidade.

Uma das modalidades mais comuns de phishing ocorre quando uma pessoa recebe um e-mail, aparentemente de uma empresa, banco ou órgão público, solicitando algum tipo de ação, como a atualização de cadastros ou compra de um produto em promoção. Esse usuário, na maior parte das vezes, é direcionado para páginas falsas com a aparência idêntica da página verdadeira.

Depois de entrar no site, o usuário é induzido a inserir sua senha, números de identidade e dados financeiros — e o faz acreditando estar acessando uma página segura, de um órgão ou empresa já conhecidos.

Engenharia social

A engenharia social também é uma modalidade de ataque altamente utilizada na atualidade. Essa prática consiste na utilização dos sentimentos da vítima como forma de persuadir, enganar ou ganhar a sua confiança.

Diferentemente do que muitos acreditam, nessa modalidade de ataque o criminoso não precisa utilizar nenhum tipo de software ou ferramenta tecnológica para conseguir acesso a dados confidenciais de empresas e usuários. Na realidade, ele utiliza suas habilidades comunicativas e persuasivas para induzir a vítima a erro e conseguir o que quer.

A engenharia social explora a falta de treinamento de profissionais de empresas e a ausência de políticas de segurança. Por exemplo, o criminoso pode fazer contato com um funcionário de uma empresa afirmando ser um diretor ou chefe. A partir disso, ele solicita alguns dados importantes que, por ingenuidade e falta de treinamento do funcionário, são passados.

Softwares maliciosos

Os criminosos também se valem de softwares maliciosos para quebrar a segurança de dados de empresas. Um caso muito comum é o encaminhamento de e-mails falsos contendo arquivos anexados para serem executados pelo destinatário. Ao executar esse tipo de arquivo, o usuário instala programas maliciosos em sua máquina, os quais podem obter dados de senhas, informações pessoais, imagens e o que mais estiver armazenado.

Atualmente, com a sofisticação dos hackers, esse tipo de ataque se torna extremamente difícil de ser reconhecido por sistemas de proteção, como antivírus. Todos os dias novas ameaças são criadas, o que aumenta a demanda das empresas por ferramentas atualizadas e aderentes às práticas mais utilizadas pelos criminosos.

Como manter os dados seguros?

Confira, agora, algumas ações para garantir a segurança digital de sua empresa.

Instale Certificados Digitais

Os Certificados Digitais são arquivos eletrônicos cuja finalidade é verificar a identidade de uma empresa, usuário ou site. Eles são utilizados para assinar documentos, criar um canal seguro de comunicação, emitir notas e muito mais.

Esses certificados são capazes de autenticar seus portadores para sites, pessoas e até mesmo recursos de rede — por exemplo, roteadores —, a fim de garantir que quem envia o certificado é realmente quem diz ser. Ou seja, eles protegem os dados trocados online contra violações e roubos.

Hoje, essa tecnologia tem um papel determinante no cenário da segurança digital. Operando com base em protocolos modernos e criptografia avançada, os Certificados ganham cada dia mais aplicabilidade no mercado, dada a sua eficiência e confiabilidade.

Realize backups com frequência

É indispensável contar com uma rotina rigorosa de backup, pois essa é a forma mais eficaz de recuperar informações roubadas ou perdidas. Recomenda-se, ainda, adotar um sistema de controle de acesso às informações sensíveis da empresa a partir de um canal criptografado, medida que irá garantir a integridade, a confidencialidade e a disponibilidade dos dados.

Limite a autorização de acesso

Criar uma lista de pessoas que podem acessar as informações da empresa é uma maneira de aumentar a segurança dos dados. O erro humano é um prenúncio de inúmeros problemas ligados à segurança de dados, e por isso é imprescindível manter um controle bastante rígido sobre todos aqueles que possuem acesso.

Também é possível minimizar os privilégios, concedendo acesso apenas aos dados de que cada setor realmente necessita. A inclusão de marcas d’água em arquivos é outra medida que pode auxiliar na prevenção de roubos de dados pela equipe, além de permitir identificar a fonte em caso de violação.

Faça uma análise de riscos

Muitos especialistas recomendam realizar verificações de risco de forma regular para identificar potenciais perigos para as informações da empresa. Com essa prática, todos os tipos de ameaças identificáveis devem ser examinados, da violação das informações online até as interrupções de energia.

Essa medida permite analisar eventuais pontos de fraquezas no sistema de segurança da organização, estabelecer as prioridades e criar um plano de ação eficiente para evitar danos, reduzindo o risco de enfrentar, no futuro, uma violação mais danosa.

Tenha uma forte política de senhas

Não adianta adotar uma política de segurança de dados e investir em várias ferramentas se não houver, paralelamente, uma orientação aos profissionais focada na relevância do cuidado na criação e na manutenção de senhas corporativas.

O ideal é que, além de orientar os colaboradores, você instaure barreiras para a criação dos códigos, além de contar com um cronograma que lembre os profissionais de atualizarem as próprias senhas periodicamente. O mais indicado é que o próprio sistema impeça o acesso de quem não fizer a atualização obrigatória.

E quais os principais erros cometidos por gestores?

Não realizar um planejamento completo

Um dos maiores erros cometidos pelos gestores é não contar com um planejamento de segurança de dados. Isso significa que não há um levantamento de quais dados precisam ser protegidos, muito menos quais são os planos de ações para garantir tal proteção.

Nesse sentido, faltam ações práticas por parte das empresas para aumentar o rigor no tratamento dos dados, como:

  • estipulação de regras para o manuseio;
  • utilização de mecanismos de proteção, como senhas mais fortes e sistemas de autenticação de usuários;
  • treinamento dos colaboradores;
  • planos de contingência, para se minimizar os danos.

Não alinhar a política de segurança com a diretoria

A falta de alinhamento costuma fazer com que a empresa veja a questão da segurança mais como um gasto do que como um investimento necessário. Assim, os profissionais que ficam responsáveis podem se deparar com dificuldades de orçamento e com a baixa adesão dos usuários, por exemplo.

Atualmente, a falta de prioridade por parte das empresas é um dos pontos que mais pesa negativamente no avanço da segurança de dados no Brasil, segundo dados do relatório do Cyber View de 2019.

Esse estudo aponta que 46,3% das empresas que participaram da pesquisa não consideram a segurança de dados como uma das principais prioridades, mesmo reconhecendo sua importância. Além disso, 44,2% das empresas não têm planos de investir na proteção contra ataques cibernéticos no futuro.

Não treinar a equipe

Esse erro é capaz de colocar qualquer estratégia de segurança de dados em perigo. Estamos falando aqui tanto do time de TI quanto dos usuários, ou seja, de todos aqueles colaboradores que não compreendem os detalhes técnicos.

Quando não se faz um treinamento sobre segurança de dados, as pessoas tendem a relaxar no uso das aplicações corporativas, fator que aumenta a vulnerabilidade dos dados. Portanto, não deixe de investir nessa estratégia.

Não possuir normas de proibição claras

Outro ponto bastante relevante, mas que ainda é muito subestimado por inúmeras empresas, é a criação de regras claras sobre aquilo que não se pode fazer na rede interna.

Sem limites claros, as pessoas passam a manipular dados de vários níveis de confiabilidade sem muita preocupação. Esse é, portanto, um erro grave que não pode ocorrer no momento de realizar a segurança de dados em uma empresa.

Qual a relação entre a LGPD e a segurança de dados?

Indo direto ao ponto: LGPD e segurança de dados são termos diretamente associados. No cenário atual do mercado, cada vez mais o valor das informações que trafegam por meios digitais aumenta. Os riscos envolvendo fraudes, acessos indevidos e rupturas à segurança podem ser catastróficos, interferindo na dinâmica do mercado econômico e, mais do que isso, na privacidade e intimidade das pessoas.

Por essa razão, o Poder Público, por meio do Legislativo, editou uma lei para regulamentar o “tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural.”

Nesse sentido, a ideia por trás da LGPD é trazer contornos mais específicos para a segurança de dados, determinando boas práticas a serem atendidas por empresas e profissionais, assim como sanções para os casos de descumprimento e negligência quanto ao trato de informações de caráter pessoal.

O texto da norma traz uma série de imposições, como o direito do usuário de consultar seus dados pessoais e ser informado a respeito da forma como seus dados serão utilizados — daí a importância da política de privacidade nas empresas. Além disso, a lei também prevê a possibilidade de o titular dos dados solicitar a exclusão de suas informações do acervo da empresa.

Por fim, por se tratar de uma lei ampla e complexa, a LGPD só entrará em vigor 24 meses após a sua publicação — que aconteceu em 14 de agosto de 2018. Nesse período, as empresas devem se preparar para atender às exigências da lei, evitando penalidades e restrições.

Neste artigo, falamos sobre a segurança de dados e apresentamos algumas dicas que vão facilitar a tarefa de manter seguras as informações da sua empresa. Não se esqueça da importância de evitar os erros apresentados aqui, certo? Garantindo proteção para os dados do seu negócio, você certamente será capaz de assegurar um desenvolvimento muito significativo e com excelentes resultados.

Gostou deste texto e quer continuar aprimorando a segurança do seu site? Então não deixe de conferir nosso post com o passo a passo para a instalação de Certificados Digitais!

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