Como adaptar os pacientes ao uso da receita médica digital?

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O serviço médico vive uma transição importante para processos digitais, os quais garantem agilidade, eficiência e economia na rotina desses profissionais. A pandemia da Covid-19 acelerou essa mudança, especialmente, devido às consultas remotas com a Telemedicina. Nesse contexto, a receita médica digital tem sido ferramenta estratégica para dinamizar o atendimento clínico.

No entanto, como toda implementação tecnológica, adaptar o uso da receita eletrônica para pacientes é um desafio. Neste artigo, relacionamos dicas e estratégias a serem adotadas para facilitar a adesão às novas tecnologias. Continue a leitura e saiba mais.

O que é a receita médica digital?

A receita médica digital é uma prescrição virtual emitida por médicos, cuja autenticidade pode ser confirmada pelos farmacêuticos de forma online. A ferramenta é autenticada por meio de Certificado Digital emitidos na cadeia de confiança da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil).

O formato virtual da receita médica deve conter todos os dados do paciente, da clínica e do profissional responsável pela prescrição. Ela ainda precisa da assinatura eletrônica do profissional para validação.

Diferente da receita médica digitalizada, que é apenas uma fotocópia da receita médica tradicional, a receita digital é um dispositivo tecnológico com validade jurídica e incondicionada à impressão do papel.

Com a receita médica digital o profissional pode prescrever:

  • Solicitação de exames;
  • Relatório médico;
  • Atestado médico;
  • Receita de antimicrobianos;
  • Parecer técnico;
  • Receita de controle especial;
  • Laudos médicos.

Atualmente o que regulamenta o uso da receita médica digital no Brasil é a resolução Nº 1.821/2007, do Conselho Federal de Medicina (CFM), que autoriza o uso e define as regras e normas técnicas para a segurança do profissional médico e do paciente.

Ainda não existe uma legislação definitiva, mas esse cenário deve mudar em breve. Está em tramitação na Câmara dos Deputados Federal o projeto de Lei n° 3344/12, que prevê a emissão e o controle do receituário médico, permitindo que a prescrição digital passe a ser uma regra entre as unidades de Saúde.

Como a receita digital funciona para o médico?

Para a rotina médica, a receita digital oferece mais dinamicidade e segurança na emissão de prescrições clínicas. O profissional vai precisar apenas de um computador com acesso à internet e um Certificado Digital validado pela ICP-Brasil nos modelos A3, token ou cartão. Para os que querem ainda mais mobilidade, com a dispensa de mídia física, a opção pelo Certificado Digital em nuvem é estratégica.

Por meio da Doutor Prescreve, plataforma desenvolvida pela Soluti, são disponibilizados aos profissionais modelos padrões de receituário digital para preenchimento dos dados.

E para o paciente?

Para o paciente, a receita médica digital é enviada em formato de PDF por SMS, e-mail, aplicativos de mensagem, como WhatsApp, ou sistema próprios para a receita médica digital.

Caso o paciente opte por pedir a entrega dos medicamentos, ele pode encaminhar o documento para a farmácia que também fará a validação da receita digital e a liberação do fármaco ao cliente.

Quais as principais vantagens da receita médica digital?

Mobilidade

A receita médica digital, além de dinamizar o atendimento clínico, permite também que o médico possa atender pacientes em qualquer lugar do país.

Segurança

Além disso, a receita digital oferece maior segurança para o prescritor e para o paciente. De acordo com pesquisa da KLAS, estima-se que:

68% dos erros relacionados à medicação tenha causa ligada à interpretação equivocada do receituário médico tradicional.

Armazenamento

Outra vantagem importante é a otimização do armazenamento de papéis. Com a receita médica digital o profissional, clínica ou unidade hospitalar conseguem deixar os registros dos pacientes armazenados em servidores ou na nuvem, eliminando a necessidade de espaços físicos para esse fim.

Economia

Ainda é preciso destacar que, com a implementação do receituário médico digital, o profissional prescritor economiza, eliminando gastos com impressões, papéis e estrutura de armazenamento.

Para o paciente a economia estará no deslocamento, possível de ser evitado por meio do envio eletrônico da receita.

Contribuição ambiental

Com a diminuição do consumo de papel, a digitalização do receituário médico permite que hospitais, clínicas e profissionais autônomos contribuam para a redução das emissões de carbono, compromisso ambiental que tem colocado o setor no centro das discussões mundiais sobre controle climático.

Quais medicamentos podem ser prescritos virtualmente?

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determina atualmente que os médicos só poderão receitar de forma eletrônica medicamentos antimicrobianos — por exemplo: amoxicilina, ampicilina, azlocilina, carbenicilina, cloxacilina, mezlocilina, nafcilina e penicilina — e fármacos controlados — como ansiolíticos, antidepressivos, anticonvulsivantes, antipsicóticos e controladores de hormônios.

Os demais medicamentos como retinóides e talidomida, só podem ser prescritos em receitas tradicionais e físicas.

Como adaptar o uso da receita médica digital?

1. Conscientizando

O diálogo é a melhor forma de adaptar seus pacientes ao uso da receita médica digital. Conscientizá-los da importância dessa implementação e das contribuições que ela oferece tanto a você, profissional médico, quanto ao paciente.

Reforce a proposta de economia, sustentabilidade ambiental e segurança para o uso de medicamentos, a fim de que o paciente entenda que, para além de vantagens ao médico, ele também estará sendo diretamente beneficiado pelo uso do receituário eletrônico, evitando inclusive a perda da receita física, o que pode comprometer a eficiência do tratamento.

2. Orientando

Oriente seus pacientes sobre como utilizar a receita médica digital, explique a validade jurídica e institucional do documento, considerando a resolução do CFM e os esforços do Governo Federal para a digitalização da Saúde.

3. Criando uma rede de contatos

Ter uma rede de contatos com farmácias, clínicas e laboratórios é importante a fim de que você possa indicar ao paciente lugares que adotam também a receita médica digital.

Nem todos os estabelecimentos consideram a ferramenta, afinal não é uma medida obrigatória. No entanto é possível criar uma rede de parceiros que cooperem com o propósito de digitalizar e integrar os procedimentos da Saúde.

4. Comece gradativamente

Inicie selecionando os paciente com mais afinidade com tecnologias. Avance gradativamente a sua carteira de forma estratégica, com um prazo definido para padronizar todos os atendimentos.

Assim você poderá dedicar mais tempo na adaptação daqueles que apresentarem maior resistência.

5. Informe seus pacientes antecipadamente

Por fim, informe seus pacientes sempre com antecedência sobre as mudanças que ocorrerem em seu atendimento. Com a implementação da receita médica digital não deve ser diferente. Defina uma data limite para padronização e informe-os de forma antecipada a fim de evitar surpresas e constrangimentos.

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