Sabático remunerado vira investimento de empresas para reter talentos

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Programas permitem que profissionais se dediquem a estudos; aprimoramento sai mais barato que nova contratação, diz especialista.

O cenário de alta competitividade do mercado e a necessidade cada vez maior de engajar e reter talentos posicionou a cultura de aprendizagem das empresas como peça-chave para aprimorar a experiência dos colaboradores – e, consequentemente, tornar as organizações mais atraentes aos olhos. dos profissionais.

Uma pesquisa da plataforma de upskilling (aprimoramento de habilidades) Degreed, feita em 15 países, aponta que colaboradores que enxergam como positiva a aprendizagem na empresa em que trabalham, têm 199% mais chances de serem promovidos e 235% mais chances de irem para outras áreas da organização.

Esse apoio já começa a fazer parte da estratégia das empresas. Algumas apostam em programas em que o funcionário tira um período sabático, que pode variar de um mês a um ano, para estudar. E isso sem perder o cargo ou o salário. É o que especialistas chamam de sabático de aprendizagem remunerado.

Gustavo Sousa | Foto: Matheus Gama

De acordo com Débora Mioranzza, vice-presidente para a América Latina e Caribe da Degreed, esse tipo de programa traz três vantagens para a empresa: desenvolvimento dos profissionais, maior retenção da força de trabalho especializada e economia, já que o custo de uma nova contratação é mais alto do que o custo do upskilling. “Por mês, cerca de 500 mil pessoas pedem demissão no Brasil. Quantas delas não estarão fazendo isso para estudar e se aperfeiçoar? As organizações estão perdendo esses talentos”, ela observa.

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No Brasil, os casos ainda são raros, mas já há alguns exemplos nascendo. Um deles é o da IDTech Soluti, empresa goiana especializada em identidades e assinaturas digitais. De acordo com a diretora de pessoas Nara Saddi, o projeto começou em 2021 devido à gigantesca necessidade de desenvolvedores capacitados. Batizado de Space Tec, o programa de especialização remunerado dura três meses e é direcionado aos desenvolvedores júnior.

Para o desenvolvedor Gustavo Sousa, de 27 anos, que está cursando a distância o último semestre de ciência da computação pela Universidade Federal de Lavras (MG), a surpresa foi dupla quando recebeu uma proposta da Soluti. “Além de a proposta em si ser muito boa, saber que eu teria três meses remunerados só para estudar foi surpreendente. A evolução que eu tive nesse período, se eu fosse fazer por fora, acredito que equivaleria a um ano de estudo”, conta Gustavo.

Fonte: ESTADÃO

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