Todos os anos, no segundo dia da segunda semana de fevereiro, comemora-se o Dia Internacional da Internet Segura. A data tem o objetivo de mobilizar organizações sem fins lucrativos, órgãos governamentais, empresas privadas e a população em prol da missão de tornar a web um local mais saudável e seguro para todos. No Brasil, o tema é relevante já que o país tem cerca de 152 milhões de usuários, segundo o Comitê Gestor da Internet.
Levantamento da Trend Micro mostrou o Brasil entre os 10 países com mais ataques em 2020. A empresa Karspersky apontou aumento de 23% dos ciberataques no país nos oito primeiros meses de 2021 em relação ao mesmo período do ano anterior.
Empresas, pessoas e até organizações estatais são alvos, como o caso do apagão de dados dos sistemas do Ministério da Saúde no ano passado. Segundo o mestre em Gestão de Tecnologia da Informação, Alexandre Torres, os vazamentos mostram que o país ainda precisa avançar na proteção de dados.
A quantidade de armadilhas digitais, golpes cibernéticos, riscos à privacidade e fraudes financeiras é cada vez maior. De acordo com a SaferNet, de 2009 a 2021, ocorreram 994 eventos (organizados individualmente) ao longo do Brasil para conscientizar a população sobre os perigos da web e melhores práticas de proteção.
A pandemia estimulou o uso maior pelas empresas do home office. Isso chamou a atenção dos criminosos. Para elas, os ataques mais perigosos são os de ransomware, que envolvem o sequestro dos dados e um pedido de resgate. Mas os golpistas miram também as pessoas físicas.
Torres faz um alerta sobre esse cenário: “da mesma maneira que antes caminhávamos pelas ruas, com medo de sermos roubados e termos o nosso dinheiro furtado, hoje vivemos no mundo digital e precisamos nos preocupar com o que acontece com a nossa identidade e como podemos nos proteger”.
Para a segurança de crianças e adolescentes, que podem ser vítimas de bullying e exposição sexual, o especialista orienta os pais a acompanharem de perto o que os filhos veem e publicam na rede. A segurança na internet tem que fazer parte da agenda das famílias.
Com informações da Rádio Nacional de Brasília.