Com um faturamento de R$ 53,2 bilhões em 2018, o comércio eletrônico obteve um crescimento de 12% em comparação ao ano anterior. Para se ter uma ideia, foram realizados 123 milhões de pedidos via e-commerce, segundo levantamento feito pela EbitNielsen.
Esses números, que já são expressivos, tendem a ser ainda mais promissores à medida que os meios digitais se consolidam como um dos principais canais de compra utilizado pelas pessoas em geral.
As oportunidades no setor só aumentam e a tendência é que cada vez mais consumidores optem pelas lojas virtuais, o que faz com que esse seja um caminho natural para muitos empreendedores. Por isso, para quem quer encarar essa jornada, é importante se preparar!
Neste artigo, explicaremos melhor como funciona o comércio eletrônico, quais as vantagens de investir em uma loja virtual e o que é preciso para abrir uma. Acompanhe!
Como funciona o comércio eletrônico?
Apesar de guardar algumas semelhanças com o varejo tradicional, a loja online é um tipo de empreendimento distinto e com muitas particularidades a serem levadas em consideração.
Em vez de alugar um bom ponto, é preciso, por exemplo, investir em otimização para mecanismos de busca (SEO), a fim de ganhar visibilidade com o público. No lugar da vitrine, é necessário configurar uma página inicial atrativa e responsiva. A divulgação, por sua vez, não deve ser com panfletos e outdoors. A estratégia é anunciar em mídias sociais e no Google.
Por outro lado, assim como no comércio tradicional, é preciso que a loja seja registrada, emita nota fiscal, ofereça múltiplas formas de pagamento e entenda a demanda dos potenciais clientes, para ser capaz de ofertar produtos e serviços valiosos para o público.
Um devaneio comum de quem começa a pesquisar sobre comércio eletrônico é a impressão de que é possível abrir um e-commerce de sucesso gastando muito pouco ou até mesmo nada. E essa ilusão é um atalho para o fracasso.
Sem dúvidas, investir em uma loja online sai mais barato que apostar em uma loja física. Mas isso não significa que ela tenha custo zero. É preciso considerar os custos com design e experiência do usuário, ferramentas de análise de comportamento dos consumidores, Certificados Digitais e várias outras funcionalidades essenciais para o e-commerce.
A principal diferença aqui é que o investimento no comércio virtual é mais escalável. Assim, é possível começar com relativamente pouco e conseguir resultados proporcionais ao que foi gasto. Já em uma loja tradicional, é inevitável um investimento maior com aluguel, equipe, decoração, estoque e outros itens básicos.
Quais são os principais tipos de comércio na internet?
Atualmente, o comércio eletrônico é bastante democrático e versátil, abrindo portas para que empreendedores dos mais diversos segmentos e com os mais variados perfis consigam explorar o mercado e obter bons resultados. Apesar disso, existem alguns modelos de negócio que se destacam no meio online. Por isso, vale a pena conhecê-los mais a fundo. Vejamos!
B2B – Business to Business
O modelo de negócio B2B, sem dúvida, ocupa uma grande parcela do mercado eletrônico atual, contribuindo diretamente com as operações das empresas e, principalmente, com a oferta de produtos e serviços para o consumidor, ainda que forma indireta.
Nesse formato, o objetivo principal das empresas é atender as demandas de outros negócios, não havendo relação direta com o consumidor final. Ou seja, aqui o foco está em fornecer produtos, insumos e serviços para o público empresarial, garantindo a manutenção de suas atividades.
Um grande exemplo de relação B2B é a firmada entre a indústria e o varejo. No entanto, hoje já é possível identificar muitos outros negócios atuando nesse formato, especialmente no meio eletrônico, a exemplo de empresas de tecnologia, que utilizam os meios digitais para vender soluções e prestar serviços para o público empresarial.
B2C – Business to Consumer
O modelo B2C é aplicado naquelas empresas em que o foco das atividades está em atender as demandas do consumidor final. Ou seja, é o caso da maior parte dos negócios, sobretudo no comércio eletrônico.
Com a mudança nos hábitos de consumo da sociedade e o consequente fortalecimento do e-commerce, o número de empresas explorando os canais online para vender produtos, prestar serviços e se relacionar com o consumidor cresceu bastante.
Hoje, o comércio digital é um dos meios mais democráticos e acessíveis para os pequenos negócios, principalmente, pois exige investimentos mais baixos, além de dar a oportunidade para que as empresas atinjam um público muito maior e mais segmentado do que o comércio tradicional, por exemplo.
O varejo online, sem dúvida, é um dos segmentos B2C que mais tem investido nos canais digitais. Gigantes do mercado hoje disputam espaço com empresas menores, aumentando a concorrência e a oferta de produtos para o consumidor.
C2C – Consumer to Consumer
Outro modelo de negócio que tem crescido bastante no mercado é o C2C. Nesse formato, a base das operações é a relação direta entre dois ou mais consumidores. Ou seja, os negócios são feitos entre pessoas comuns, físicas, sem grandes formalidades.
Esse modelo ganhou uma notoriedade ainda maior com o fortalecimento do comércio eletrônico. O surgimento de plataformas online destinadas a operacionalizar as transações entre consumidores se tornaram extremamente comuns e, hoje, são campo fértil para vendas cada vez mais seguras, democráticas e geograficamente abrangentes.
Como abrir uma loja virtual?
Qualquer um pode abrir um e-commerce, mas para ter sucesso nessa empreitada é recomendável estudar bastante antes de começar a investir dinheiro e, se possível, contar com o suporte de especialistas na área.
O primeiro passo para quem quer abrir uma loja virtual deve ser o mesmo de qualquer outro tipo de empreendimento: montar um plano de negócios. É crucial descrever melhor a ideia do e-commerce, os produtos e serviços oferecidos, o perfil desejado de clientes, a forma como o negócio será conduzido e outros elementos, como parceiros estratégicos e canais de distribuição.
Só com o plano de negócios em mãos é que vale a pena partir para etapa técnica. E hoje existem muitas opções de serviços que simplificam a construção de um website voltado para o comércio eletrônico, com templates versáteis e uma boa infraestrutura pré-construída.
Além disso, é preciso também investir no registro do domínio da loja, que é o endereço da página, na hospedagem do conteúdo, em integrações com formas de pagamentos e na usabilidade do site.
Também é importante investir em um Certificado Digital SSL, que hoje é praticamente um pré-requisito para que consumidores confiem em uma loja virtual.
Em um momento inicial, a recomendação é trabalhar com o mínimo de estoque e uma seleção menor de produtos, a não ser que o objetivo seja começar competindo com os grandes e exista um investimento razoável por trás garantindo fôlego para isso.
Para realizar a logística de entregas, é possível contratar o serviço de parceiros especializados, como transportadoras, pelo menos em um momento inicial, ou então utilizar os Correios para isso.
E não se deve esquecer de tomar os cuidados que antecedem qualquer empreendimento, como a formalização da empresa e a contratação de um contador.
Uma vez que a loja esteja bem-estruturada e pronta para operar, é hora de começar a vender. Só que, para isso, é preciso que os potenciais consumidores conheçam o negócio.
Como trabalhar a divulgação de um e-commerce?
A publicidade sempre foi importante para negócios de todo tipo, mas, no caso das lojas virtuais, o investimento em uma boa estratégia de comunicação e marketing é ainda mais essencial.
Sem nenhum tipo de divulgação, é improvável que os consumidores descubram que a loja existe e comecem a comprar lá. E mesmo se a conhecerem por acaso podem ter desconfiança em uma marca nova e até duvidar se ela é capaz de atender às suas demandas.
E é possível trabalhar a comunicação de um comércio eletrônico em diversas frentes. A mais básica delas é com a otimização do conteúdo para ferramentas de busca, o chamado SEO, que fará com que a relevância orgânica do site em buscas como o Google seja maior, atraindo mais consumidores.
Além disso, é importante também considerar fazer anúncios em plataformas como Google Adwords e Facebook Ads, que são uma forma de mídia paga com alta precisão e capaz de chegar até o perfil desejado do público da empresa com facilidade.
Técnicas como o marketing de conteúdo e parcerias com influenciadores digitais também são válidas e podem se encaixar no plano de divulgação da loja virtual.
Por fim, adote ferramentas de marketing digital que forneçam métricas que comprovem o sucesso das ações realizadas. Com esse tipo de software, é possível entender o que está falhando na comunicação e ajustar peças e anúncios para conseguir converter mais.
Como ter um espaço seguro em uma loja virtual?
Não há qualquer dúvida de que atualmente o comércio eletrônico é um mercado extremamente amplo, competitivo e rentável. No entanto, apesar das vantagens oferecidas por esse canal, existem alguns pontos que merecem a atenção do empreendedor.
A segurança é um grande exemplo disso. Hoje, o sucesso de um e-commerce depende diretamente da segurança oferecida ao cliente, isso a partir de sistemas e soluções capazes de reduzir os riscos de fraudes, acesso não autorizado a dados sensíveis e outras falhas que podem comprometer a integridade do negócio.
Nesse contexto, criar e manter um espaço seguro em uma loja virtual, como dito, depende do uso de novas tecnologias, como é o caso do Certificado Digital. Essa ferramenta é uma das principais soluções quando o assunto é segurança online.
O Certificado Digital é responsável por garantir a autenticidade de uma página na internet, validando o seu domínio mediante criptografia avançada. Além disso, o Certificado SSL, muito utilizado para a proteção de sites, cria um canal de comunicação seguro entre o dispositivo do cliente e o servidor do site, impedindo a interferência de qualquer indivíduo ou software malicioso que tente se apoderar dos dados transmitidos.
Na realidade atual, o Certificado Digital SSL é um fator praticamente indispensável para se manter uma loja virtual. Isso porque a falta de uma indicação confiável de que o site é legítimo e seguro acaba por desestimular o consumidor, prejudicando diretamente os resultados do negócio.
Qual é a importância da experiência do cliente nesse cenário?
Não há qualquer dúvida de que trabalhar com produtos de qualidade, prestar serviços de excelência e ter preços realmente competitivos sejam diferenciais bastante considerados pelo consumidor. No entanto, existe um fator que tem ganhado muito valor nas relações de consumo: a experiência do cliente.
Nos moldes atuais do mercado, em que a oferta de produtos e empresas é vasta, o cliente tem se mostrado mais exigente, procurando se relacionar com negócios que vão além do trivial, que oferecem diferenciais e que se preocupam em atendê-lo com precisão e respeito.
Nesse cenário, a experiência do cliente desponta como a tônica do mercado. Negócios cada vez mais se preocupam com esse elemento, compondo seus produtos, suas equipes e serviços com foco no cliente. No comércio eletrônico não é diferente!
Lojas virtuais estão mais responsivas, intuitivas e modernas. Além disso, o atendimento oferecido nesse formato tem melhorado bastante. A exemplo, chatbots têm sido empregados no atendimento, facilitando o contato do cliente 24 horas por dia.
Indo além, estratégias de omnichannel também têm ganhado força, dando mais poder de escolha ao cliente, que hoje pode comprar um produto online e retirá-lo em uma loja física rapidamente.
A logística dos e-commerces está mais ágil graças aos sistemas eletrônicos e à Certificação Digital, que automatiza etapas burocráticas, como a emissão de documentos fiscais e acelera o despacho de mercadorias para o consumidor final, reduzindo o prazo de entrega.
Todos esses pontos, sem dúvida, interferem na experiência do cliente, figurando como diferenciais valiosos que fazem com que o consumidor opte por se relacionar com uma determinada empresa.
Por fim, construir uma loja virtual do zero é um trabalho intenso que envolve muitas etapas, mas com essas dicas é possível desbravar a empreitada com um pouco mais de conhecimento e preparo. A tecnologia é um dos pilares para o sucesso do comércio eletrônico, sendo responsável por otimizar processos e, como vimos, por tornar as operações mais seguras para o consumidor. Por isso, merece toda a sua atenção.
E agora que você já sabe como funciona o comércio eletrônico, que tal aproveitar para se manter informado sobre esse e outros temas relacionados a empresas. Assine nossa newsletter e não perca nenhuma das nossas publicações!