Segundo dados recentes do relatório Future of Healthcare Report, 80% dos líderes mundiais do setor de Saúde afirmam que pretendem aumentar os investimentos em tecnologia, como consequência dos aprendizados obtidos com a pandemia do novo coronavírus. No Brasil, essas mudanças também não devem ficar de fora, isso pôde ser percebido logo no início de 2022.
Na ocasião, o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a intenção da abertura do Open health. Trata-se de um sistema que tem como objetivo providenciar a troca de informações de pacientes entre hospitais, laboratórios, convênios e clínicas.
De maneira prática, o conceito de Open Health foi inspirado na iniciativa Open Banking, criada pelo Banco Central para que o setor financeiro fosse conduzido com maior transparência, com a possibilidade de compartilhamento de dados entre instituições financeiras.
Voltando para a questão da Saúde, desde o anúncio do Ministério a respeito do Open Health, surgiram muitas dúvidas sobre o assunto. Neste artigo, esclarecemos todos os aspectos do tema. Boa leitura!
O que é Open Health?
Open Health, que em tradução para o português significa algo como “Saúde aberta”, é um conceito que tem como objetivo o compartilhamento de informações relacionadas ao setor da Saúde. Na prática, a intenção é que ele funcione como um registro eletrônico.
Por intermédio desse sistema, o histórico do paciente se tornará digital. As informações contidas neste registro poderão ser compartilhadas entre as Instituições de Saúde, desde que a pessoa envolvida conceda autorização prévia para tal.
Atualmente, a implementação de sistemas semelhantes ao Open Health já é uma realidade em outros países, como os Estados Unidos, México e Espanha.
Open Health no Brasil
Nos últimos anos, o Brasil vem investindo cada vez mais na transformação digital na área da Saúde, a exemplo da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). Trata-se de uma plataforma que tem como objetivo promover a troca de informações entre os pontos da Rede de Atenção à Saúde (RAS), para que o cuidado nos setores públicos e privados possam ter uma continuidade.
Seguindo essa tendência, surgiu também a ideia de colocar em prática o conceito de Open Health no país, no entanto, ele ainda está em fase de planejamento. De acordo com o Ministério da Saúde, a intenção é implementar uma Medida Provisória (MP) para que a plataforma possa ser utilizada.
De toda forma, o Ministério brasileiro defende a ideia de que se for colocado em prática, o sistema de Open Health pode contribuir para a otimização e dinamismo da relação entre profissionais da área da Saúde e pacientes, beneficiando também a transparência dos processos.
Vantagens do Open Health
Segundo uma pesquisa realizada neste ano pela empresa Axway, 88% dos brasileiros afirmam que são favoráveis ao compartilhamento de dados na Saúde.
Se for realmente instituído, é exatamente isso que o sistema de Open Health deve fazer: compartilhar eletronicamente os registros dos pacientes, independentemente de o atendimento ser público ou privado.
Os dados em questão envolvem os diferentes procedimentos que podem ser realizados na área: histórico de cirurgias, internações, receitas médicas, entre outros. De maneira prática, essa ferramenta deve contribuir de diversas formas, confira alguns exemplos:
· Otimização do tempo dos profissionais de Saúde;
· Agilidade nos atendimentos;
· Padronização de serviços;
· Armazenamento seguro de dados;
· Fácil acesso;
· Comparação de tratamentos, exames e procedimentos.
Desafios do Open Health
Apesar dos benefícios citados acima, existem algumas questões e dúvidas a respeito da instauração do Open Health. Ainda é preciso a realização de mais estudos, a fim de que alguns pontos sejam revistos. No momento, o tema ainda está sendo debatido e deve passar por diversas instâncias para que seja aprovado.
· Segurança e sigilo dos dados: para proteger informações de pacientes e os sistemas nos quais eles serão compartilhados, é preciso implementar estratégias relacionadas à criptografia, para evitar crimes cibernéticos e vazamento de informações, seguindo sempre os preceitos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
· Interoperabilidade: outro ponto a ser estudado é a interoperabilidade dos sistemas. Ou seja, deve haver uma estratégia para entender como os sistemas trabalharão de maneira integrada, para que o processo de trocas de informações seja coeso.
No entanto, se esses desafios forem bem estudados e estratégias forem bem implementadas, a iniciativa Open Health tende a ser muito positiva.
Open Health e digitalização
Por fim, vale ressaltar que o Open Health também oferece a possibilidade de digitalizar processos, o que vem se tornando uma verdadeira tendência no setor da Saúde.
De acordo com dados da Pesquisa TIC Saúde 2021, o uso de sistemas eletrônicos para registro de dados de pacientes avançou. Em 2019, o índice era de 82% , já em 2021 foi para 88%.
Entre os benefícios da digitalização no setor da Saúde, está a possibilidade de reduzir ou até mesmo eliminar os gastos com papel, já que informações e dados serão armazenados via internet. O que, consequentemente, também contribui para a preservação do meio ambiente.
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