Tudo sobre o Pix: entenda a evolução no 1º ano de operação

- Tempo de leitura: 8 minutos.

Você sabe tudo sobre o Pix? Conforme a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, 30% das operações nacionais de pagamento já são realizadas por meio dele. Em pouco mais de 1 ano de operação, o sistema modernizou a forma de movimentação financeira dos brasileiros, ganhando adeptos em todo o país.

Os caixas eletrônicos são o canal de transação bancária que mais vem perdendo espaço, diante do mobile banking. Observou-se que 93% dos executivos bancários entrevistados apontam a inteligência artificial como prioridade de investimentos. Em novembro de 2020, as transações financeiras via DOC e TED representavam 25% do total de transações. Em março de 2021, essa porcentagem caiu para 19%.

Acompanhe o conteúdo, a seguir, e descubra tudo sobre o Pix. Veja mais sobre sua evolução ao longo do seu primeiro ano de operação.

O que é o Pix?

O Pix é uma modalidade de transação financeira que ocorre de forma instantânea. A modalidade foi criada pelo Banco Central do Brasil em 2020. Ele pode ser utilizado por todo correntista dos bancos e fintechs, tendo mais de 500 mil contas ativas.

Um pagamento ou transferência por Pix demanda segundos para ocorrer. Essa movimentação pode ser realizada a partir de um smartphone, com aplicativo bancário e acesso à internet.

Conforme o Banco Central, esse sistema instantâneo de pagamento não foi projetado para substituir o TED e DOC. Porém, por volta de 34 milhões de brasileiros realizam transferências apenas via Pix.

Conhecer tudo sobre o Pix é essencial para saber usar o máximo dessa ferramenta. É importante compreendê-la, já que ela vem impactando positivamente os negócios e a experiência dos usuários. Assim, a criação e implementação do Pix representa um relevante avanço tecnológico para o mercado financeiro nacional.

Tudo sobre o Pix: tecnologia utilizada

O Pix gera um novo fluxo para os processos de transação financeira, possibilitando o cadastro de diferentes chaves, que permitem a movimentação financeira de forma mais ágil, já que não é necessário informar ao pagador os dados bancários completos para efetivar a operação, mas sim, apenas uma informação: a chave Pix. 

Considerando que a troca de mensagens instantâneas, a partir de aplicativos de mensagem, está cada vez mais inserida no dia a dia da população e das empresas, a criação do Pix foi inspirada nessa tecnologia. Seu foco está em dispositivos tecnológicos móveis, principalmente os smartphones.

Assim, enviar um Pix é tão fácil quanto enviar uma mensagem. Esse serviço conta com um sistema de segurança robusto, fiscalizado pelo governo, inclusive em termos de Certificação Digital.

Principais formas de utilização do Pix

O Pix, como toda ferramenta tecnológica, está em processo constante de desenvolvimento e melhoria, tanto ao nível de interface de uso como ao nível de funcionalidades.

Para conhecer tudo sobre o Pix é necessário manter-se atualizado. As principais formas de uso do Pix, ativas, são:

Chaves Pix: o registro de chaves, na instituição financeira, permite a realização de pagamentos, recebimentos e transferências. Essas chaves podem ser do tipo CPF/CNPJ, e-mail, número de telefone ou aleatórias (código alfanumérico).

Códigos: é possível pagar contas ou realizar compras a partir do escaneamento de um QRCode (Quick Response Code) ou do uso da funcionalidade “copia e cola”.

Futuramente, pagamentos poderão ser feitos a partir da tecnologia NFC (Near Field Comunication), que ocorre por aproximação, como já é feito com diversas bandeiras de cartão de crédito/débito.

Tudo sobre o Pix: agenda evolutiva

O Pix passou a ser efetivamente utilizado em 16 de novembro de 2020. Conforme o Banco Central, a agenda evolutiva original dessa ferramenta financeira, ao longo de 2021 e 2022, é a seguinte:

2º Trimestre/2021: Melhoria da experiência do usuário

Passa a ser permitido ao aplicativo das instituições financeira acessar a lista telefônica e de e-mails, presente no smartphone do usuário. A operação somente pode ocorrer mediante permissão explícita deste. Assim, é possível identificar conhecidos que têm esses dados como chave Pix.

Disponibilização de atalho, no aplicativo, para reclamação junto ao Banco Central e canal de reclamação do banco. Essas funcionalidades estão em uso.

3º Trimestre/2021: Pix Saque, Pix Troco e Iniciador de pagamentos

Lançamento em 29/11/2021, possibilita ao consumidor a obtenção de dinheiro em espécie, diretamente do lojista. Tem o intuito, também, de facilitar o numerário dos estabelecimentos.

4º Trimestre/2021: Bloqueio cautelar, mecanismo de devolução, Pix Cobrança e novas possibilidades de iniciação

Em situações de suspeita de fraude, pode ocorrer bloqueio cautelar, com devolução ágil do valor subtraído da conta do usuário. Funcionalidade a ser liberada.

Pagamentos imediatos e agendamento de pagamentos futuros, por meio do Pix. Ambas funcionalidades já disponíveis.

O pagador pode gerar QRCode previamente, prevendo situações de falta de acesso à internet. Funcionalidade a ser liberada.

2º Trimestre/2022: Débito automático pelo Pix

Facilitar pagamentos que ocorrem de forma recorrente, utilizando o Pix.

Essa agenda acima permite que todos fiquem atentos ao período de implementação das novas funcionalidades, testando as propostas de melhoria da experiência do usuário e facilitando o relacionamento financeiro com os clientes.

Para experimentar todas as novidades, mantenha o aplicativo do seu banco atualizado e se informe periodicamente.

Pix: evolução em 1 ano

As estatísticas apresentadas pelo Banco Central demonstram o sucesso do uso do Pix ao longo do seu primeiro ano de existência. Analisando as chaves cadastradas, foram mais de 348 milhões, sendo a maioria do tipo aleatória.

Até outubro de 2021, ocorreram mais de 1,6 bilhão de transações, movimentando quase R$ 4 trilhões. São 762 instituições financeiras cadastradas no sistema Pix, sendo a maioria representada por cooperativas de crédito.

A população brasileira aderiu à nova tecnologia de forma rápida. Cerca de 75% das transações via Pix são realizadas entre pessoas físicas.

O Banco Central também precisou adequar as características do serviço, após uma crescente onda de sequestros relâmpagos e golpes, identificada no mesmo período em que a tecnologia foi disponibilizada.

O Pix estava disponível 24 horas, durante 7 dias por semana e sem limites de valor. Visando aumentar a segurança dos usuários, entrou em vigor em outubro de 2021 o limite de mil reais para transações Pix realizadas no período entre 20h e 6h.

As próximas atualizações do Pix, mais aguardadas, são: parcelamento de contas, saques em lojas e transferências para o exterior.

É perceptível que o desenvolvimento tecnológico do setor financeiro é mais que uma tendência, trata-se de uma realidade que modifica os hábitos de consumo e o posicionamento das empresas dentro de seus nichos de mercado.

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