Criada com o objetivo de decifrar mensagens em meio a guerras, a criptografia surge para proteção. Graças ao matemático estadunidense, Claude Shannon, esse mecanismo de segurança começou a ser usado de outras formas, principalmente nos dias de hoje, à medida que a segurança de dados se tornou uma das maiores preocupações, em especial, quando a criptografia é aplicada na Saúde.
Na prática, com o avanço da internet, a criptografia trabalha com dois propósitos: impossibilitar que dados, que estejam armazenados, sejam acessados e lidos sem autorização e tornar viável que tais materiais sejam enviados de maneira segura, por intermédio de um canal protegido.
Esse conceito é capaz de englobar diversas áreas do mercado, incluindo a da Saúde que, em meio à pandemia de COVID-19, precisou se atualizar. De acordo com um levantamento realizado pela plataforma norte-americana, State of Digital Health, o ano de 2021 representou recorde em investimento de Saúde digital em âmbito global: foram US $57,2 bilhões de dólares no total, com crescimento de 79%.
Criptografia na área da Saúde
Na Saúde, o principal objetivo com o uso da criptografia é proteger as informações confidenciais dos pacientes e os aplicativos, onde os serviços são distribuídos. Além disso, essa área também segue os protocolos instituídos pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
É comum, por exemplo, que quando um paciente está no processo de preparação para realizar um exame em laboratório, o funcionário peça para que a pessoa assine um termo referente aos dados divulgados por ela. O documento relata como essas informações podem ou não serem usadas pelo prestador de serviço.
Pensando nisso, separamos os três principais motivos pelos quais o uso da criptografia no segmento da Saúde traz vantagens e resultados satisfatórios, desde a gestão dos negócios até o atendimento aos pacientes e experiência do corpo clínico.
1. Segurança digital
Seguindo os requisitos da segurança digital – a integridade dos dados confidenciais – a criptografia na área da Saúde aumenta a segurança dos dados clínicos, preservando as informações dos pacientes e do corpo clínico.
No ano de 2019, um levantamento feito pela Pesquisa Global CIGI-Ipsos revelou que 53% de seus entrevistados estão cada vez mais preocupados com a divulgação de seus dados na internet.
2. Otimização de processos
Outra facilidade que esse atributo de segurança dispõe é a possibilidade de aplicar a criptografia a diversos dispositivos que são usados pela Instituição de Saúde. Ou seja, aparelhos de marcas diferentes usufruem do mesmo padrão para o procedimento.
Esse fator traz consigo uma das maiores vantagens para o setor da Saúde: a digitalização dos processos que, além de otimizar tempo, também possibilita minimizar gastos e desperdícios. Levando em consideração o alto número de beneficiários no sistema de saúde privada — que de acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar conta com mais de 47 milhões de pessoas — essa segurança pode ser de grande ajuda para o gerenciamento.
3. Informação segura
Por fim, outra vantagem considerável é o fato de que a criptografia para a proteção de dados também pode ajudar a assegurar a integridade das informações repassadas através da nuvem. Apesar de não garantir isso sozinha, o acesso a tais materiais só pode ser efetuado com autorização posterior e por parte da organização.
Qual a criptografia mais segura?
Com todas essas informações, dúvidas podem surgir na hora de escolher qual tipo de criptografia usar. Vale ressaltar que existem ferramentas mais e menos seguras; no geral, a criptografia assimétrica é a que melhor se destaca na opinião de especialistas da área. Nessa versão, a ferramenta conta com duas chaves: a pública que tem como objetivo cifrar os dados e a privada que é capaz de descriptografá-los.
Apesar dos desafios e das necessidades de melhoria, a criptografia, como maneira de garantir cada vez mais a segurança de dados, é um segmento que conquista espaço na área da Saúde.
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